Meu suicídio
Eu já era assim, um cara triste, atormentado.
Afogava-me na bebida, frequentava a igreja aos domingos e sabia cozinhar. Na segunda-feira, independente da bebedeira, estava lá, pronto para o trabalho numa firma de telecomunicações, Assistente Administrativo.
Não estava feliz e como era um cara intelectualizado, minha família não acreditava nesse conflito interior.
Resolvi me mudar, começar uma vida nova.
A casa era boa, mas um tanto fúnebre, amaldiçoada. Muitos tormentos na minha cabeça, muita bebida e uma voz que me dava coragem, que dizia não haver saída.
Era madrugada quando pedi ajuda para minha mãe. Ela só disse para eu me acalmar e ir dormir.
E foi assim, peguei uma corda e a coloquei em meu pescoço. Até hoje minha mãe se culpa por não ter me ouvido e eu continuo aqui vivo, com uma marca escura no pescoço, mesmo que ninguém me veja.
Eu não descansei, Mateus mentiu quando escreveu: Venham a mim … e eu darei descanso a vocês.
Eis um conto cruel e que nos faz meditar...
ResponderExcluir