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Mostrando postagens de maio, 2021

Sussurros

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    Noite fria, sensação estranha.           - Não consigo dormir. Uma excitação toma conta de mim. Há várias noites, Ana tinha o sono perturbado, inquieto. Às vezes sonhava e lembrava, muitas vezes seus sonhos eram pedaços desconectados. Acordava várias vezes com a sensação de seu corpo estar sendo possuído. Bebeu água e voltou para cama, pela terceira vez em uma noite e, mais uma vez, conseguiu dormir. Dessa vez encontrou-se a correr nua, primeiro estava nas ruínas de uma casa abandonada, depois era um lamaçal. Alguém a perseguia, não dava para identificar a pessoa, se era homem ou mulher, enfim, chegou na floresta, muitos galhos, estava toda suja de lama, escureceu e no próprio sonho adormeceu. Acordou, alguém estava ali, em cima do seu corpo, tocando-a, excitando-a. Ela podia ouvir a respiração afoita, pensou em tocar o outro corpo e assim o fez. Nada sentiu, era como se ninguém estivesse ali pesando, mas estava, era mais que sensação. Enfim acordou, e se viu nua,

Brincando de roda

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  Algumas experiências da minha infância marcaram. Na maioria, contatos com a espiritualidade. Nem todos eram durante minhas noites de sono, em alguns eu me encontrava acordada. Uma noite, em especial, eu brinquei de roda e agora posso contar essa breve experiência, pois, acordei. Dessa forma, vou contar do fim: Do auto dos meus oito anos, sozinha em meu quarto, acordo cercada por crianças como eu. Estávamos todas de mãos dadas em um divertimento total com risos e batidas de pés. Por volta de seis crianças eufóricas em meu quarto, no meio da noite. Brincávamos de roda. - Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar…  Então, ao despertar e me ver ali em meu quarto rodeada por cinco crianças achei estranho, afinal, eu dormia e brincava, eu as tocava, sentia suas mãos. Como aquilo acontecia? Elas me olhavam e se olhavam entre si, até que desapareceram, assim, do nada, com o piscar dos meus olhos. Voltei para cama com uma sensação incrível de be

Alguém no meu quarto

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       Meu sono nunca foi tranquilo, acho que a atmosfera de suícidio começou a pairar na minha vida desde os quatro anos de idade e ficou até minha adolescência. Sempre me revirando e retirando todos os lençóis da cama.                Uma noite, já com 10 anos de idade, acordei por volta das 2h da madrugada.                Minha mãe dormia comigo no quarto porque eu tinha muito medo das visitas noturnas.                Comecei a ouvir passos e conversas vindos do corredor da casa.                 - Elas estão aqui.                Fiquei observando, paralisada de medo até que apareceu na porta do meu quarto um homem baixo com um balde na mão e um outro de estatura alta.                Eles olhavam para mim até que minha voz conseguiu sair da garganta:                - Mãe, mãe, tem dois homens aqui dentro de casa. São ladrões.              Minha mãe acordou atordoada e se dirigiu à porta do quarto para acender a luz. Mas, o homem com estatura baixa estava com sua mão próxima ao inter